Não tenho a pretensão de ensinar aos professores, como ministrar o conteúdo programático a uma criança com deficiência, mas sim sensibilizá-los quanto a necessidade disto. A ideia é que a inclusão aconteça de fato e de direito.
Atualmente, encontramos locais onde a integração (percebam que não estou falando nem de inclusão), acontece apenas pelo fato de ser um direito adquirido, com respaldo legal. Em muitas escolas, apenas pelo medo, pelo poder coercitivo é que acontece a integração e não a inclusão. Muitas vezes, as crianças ficam jogadas dentro de uma sala de aula, em um canto da sala sem nenhum auxílio, quando muito, pedem para alguém (e muitas vezes esta pessoa não é um professor), para ficar ao lado da criança com deficiência e esta postura não é nem com o intuito de educa-la, e sim de não permitir que a criança com deficiência atrapalhe o “bom andamento da aula”, como se as pessoas não fossem eterna fonte de aprendizado. Digo isto, pois particularmente já vivi isto. Meu filho ficava deitado no chão no canto da sala, enquanto seus coleguinhas estavam sentados nas cadeiras fazendo seus trabalhinhos. E sabe quem auxiliava o meu filho? Pasmem! A faxineira! Nada contra esta pessoa que na minha ausência e falta de comprometimento da escola, auxiliava o meu filho na medida do possível. Apenas digo isto, porque não era uma pessoa preparada para tal feito.
Mas neste contexto afirmo que esta faxineira estava mais preparada para a inclusão do que a própria professora que ignorava o meu filho e transferia a sua obrigação de ensinar a quem quer que seja. Esta faxineira dispensou ao meu filho a possibilidade de inclusão que ela conhecia, pois ela, a faxineira e não a professora tentava ensinar o exercício ao meu filho, bem como o levava para brincar no parquinho com as outras crianças e com que alegria ela me contava e mostrava como o meu filho fazia nestes momentos. Enquanto aquela, a professora, que estudou, que se preparou para tal demanda, sequer percebia o meu filho. Por isso, muito mais que a inclusão como imposição da lei, devemos atentar para a diversidade humana, o aprendizado na diversidade e principalmente, ninguém sabe o dia de amanhã.
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