segunda-feira, janeiro 31, 2011

A vida por uma ralo - Menino morre após ser sugado por tubulação em piscina de SP

Oi Queridos
Estou postando esta notícia pois julgo ser de extrema importância . Este tipo de acidente ou acidentes semelhantes são mais comum do que se imagina , portanto muita atenção, principalmente agora no verão , onde todos querem se refrescar numa bela piscina . Atenção com crianças nunca é demais, principalmente com especiais , que muitas vezes diante de uma situação não sabem gritar por socorro .


Menino morre após ser sugado por tubulação em piscina de SP


O descaso e a banalização com a vida humana chega ao fundo do poço, ou melhor, da piscina. É cada vez mais frequente o número de casos, principalmente envolvendo crianças, de equipamentos de sucção aquática que causam tragédias

Um menino de 5 anos morreu afogado em uma piscina do Clube Náutico de Taquaritinga, a 330 km de São Paulo, no final da tarde de domingo. A criança, que é filha de um policial militar, foi sugada pela tubulação que retirava a água da piscina.
De acordo com a Polícia Civil, os funcionários do clube ligaram o sistema de drenagem da água por volta das 19h, quando ainda havia várias pessoas dentro da piscina. O menino, que tinha acabado de pular na água, foi sugado por um duto. O pai e alguns amigos tentaram resgatar a criança, mas ela já estava morta.
Segundo a polícia, os dois funcionários que trabalhavam no local no momento do acidente prestaram depoimento esta manhã. Eles afirmaram que esse é um procedimento de rotina realizado no final do dia, mas que não perceberam que ainda havia pessoas dentro da água.
De acordo com a Polícia Civil, os funcionários poderão ser autuados por homicídio culposo, sem intenção de matar.


Como disse anteriormente este tipo de acidente é mais comum do que se imagina e a sua principal causa é o mau dimensionamento dos drenos colocados nas piscinas, que por estarem superdimensionados acabam sugando nossas crianças levando à morte por afogamento,  ou quando não morrem , as deixam com graves lesões cerebrais devido à falta de oxigenação no cérebro .



Barriga de uma criança sugada por um ralo de piscina 
Fonte : Internet 
Esta sucção , como podemos observar na foto acima pode se dar em partes do corpo como a barriga ( criança muito próxima a um ralo / dreno onde a força de sucção da água esteja muito além das forças da criança ) , assim como braços/mãos , pernas/pé e cabelos . 
Um dos casos mais conhecidos no Brasil é o de Flávia, que está em coma vigil desde que se acidentou na piscina do prédio onde morava, em Moe­ma, zona sul de São Paulo, onze anos atrás. A mãe, Odele Souza, conta que Flávia, então com 10 anos de idade, desceu do apartamento para a área de lazer do prédio, na companhia do irmão de 14 anos, para nadar na piscina, cuja profundidade máxima era até pou­co abaixo dos ombros da menina. Dentro da água, ela teve os cabelos sugados pelo ralo de fundo da piscina. Ao ser retirada de lá, ela já apresentava lesões cerebrais que a levaram ao coma irreversível. “Minha filha vive, desde então, à margem da vida. Decidi transformar essa dor, que está tatuada na minha alma, em algo produtivo. Por isso criei o blog ‘Flávia Vivendo em Coma’  (http://www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com/). Um dos principais objetivos é alertar as pessoas sobre os riscos que os ralos de piscina podem representar. Meu desejo é evitar que mais tragédias como essa, que destruiu a vida de minha filha, e também a minha, continuem acontecendo”, declara.


Foto da Flávia, que está em coma à 13 anos devido a um acidente
causado pelo ralo de uma piscina .

No caso de Flávia, o acidente aconteceu pelo fato de o ralo estar superdimensionado. Os moradores do prédio onde ela morava haviam decidido aquecer a água da piscina e, para isso, substituíram o equipamento de sucção, que tinha motor de 0,50 cv (meio cavalo-vapor) por outro com o triplo de potência. De acordo com o laudo técnico emitido após perícia, determinada pela Justiça, essa potência seria adequada para uma piscina de 104m3 de água, e não para uma de 43m3, como aquela na qual Flávia se acidentou. A superpotência estava 78% acima do admitido. “A troca foi feita pelo prédio sem orientação ou supervisão técnica.” Odele processou o condomínio e a empresa fabricante do equipamento de sucção. O resultado do processo saiu na primeira semana de março deste ano, dez anos depois de iniciado na Justiça. O fabricante foi inocentado, mas o condomínio foi considerado 100% responsável pela tragédia.
“As causas de acidentes por sucção nas piscinas estão associadas a ralos destampados ou com tampas quebradas, por falta de manutenção, e ao desrespeito às normas da ABTN para construção de piscinas”, afirma o empresário e vice-presidente da Associação Na­cional dos Fabricantes e Cons­tru­to­res de Piscinas e Produtos Afins (Anapp), Augusto César Araújo. Entre as normas determinadas pela ABTN, está uma velocidade máxima de sucção e a exigência de um mínimo de dois ralos de fundo. “Ao construir uma piscina, essas normas precisam ser seguidas. Além disso, jamais seu motor bomba deve ser trocado, sem que haja uma cuidadosa orientação técnica”, afirma. Mas esses cuidados, lembra Augusto, não surtem efeito se não for feita a manutenção dos equipamentos, já que o simples fato de a tampa de um ralo de fundo estar solta pode causar acidentes graves. O que acontece nesses casos é que a potência de sucção se torna maior, pois ela é proporcional à área da tampa.
Foi um descuido como esse que matou o menino Gabriel, de Franca, em dezembro último, e quase matou o filho do empresário Jonatas Abbott, Gustavo, na época com 7 anos de idade, em outubro de 2007. O ralo da piscina de um hotel onde a família se hospedava, em Salvador, estava sem tela de proteção. A criança sabia nadar e já havia mergulhado diversas vezes na água, quando, numa dessas investidas, teve o braço sugado pelo ralo, até o ombro, a uma profundidade de 1,80 metro. A força de sucção foi tão grande que Jonatas avalia que, se não houvesse alguns adultos por perto, naquele momento, não teria sido possível salvar Gustavo. “O primeiro adulto que tentou arrancá-lo do ralo não conseguiu, pelo fato de a força da bomba ter provocado um inchaço na altura do cotovelo do meu filho. Foi então que um deles teve o lampejo de abraçar o Gustavo por trás e apoiar os dois pés no fundo da piscina para, com toda a força, arrancá-lo de lá. Ele me contou que quando o Gustavo saiu, parecia uma rolha de Champanhe, tal a maneira como estava preso”, relata Jonatas.
Segundo o empresário, o siste­ma de sucção do hotel onde eles estavam hospedados era antigo, por isso deveria estar desligado enquanto pessoas estivessem usando a piscina. Jonatas decidiu processar o hotel onde seu filho quase morreu. “Quero me certificar de que nenhuma outra criança passará por isso naquela piscina”, diz.
Para se evitar acidentes como esses, estão surgindo no mercado alguns equipamentos que visam aumentar a segurança dentro das piscinas. Um deles é uma válvula antivácuo, que faz com que a bom­ba desarme quando sua pressão interna é aumentada – fenômeno que acontece quando alguém ou algo é sugado pelo ralo e obstrui a passagem de água. Outro produto é um ralo anti-hair, que evita que o cabelo seja entrelaçado na grade de proteção. “Quando isso acontece, sempre há morte, porque não adianta tentar puxar a pessoa, já que os cabelos dão um nó na grade. A única saída seria cortar os cabelos, e nunca há tempo para isso”, observa Augusto, que conta que uma nova lei entrou em vigor nos Estados Unidos, em dezembro passado, obrigando todas as piscinas públicas ou comerciais daquele país a adotarem esse equipamento. Entre 1999 e 2007, ocorreram 74 acidentes em ralos de piscinas nos Estados Unidos, totalizando 63 feridos e 9 mortes. “As pessoas precisam se conscientizar do real perigo que os ralos de piscina podem representar. Os fabricantes desses equipamentos, principalmente, têm papel fundamental nisso, porque o usuário não tem como saber se a piscina é segura ou não”, acredita Odele, mãe de Flávia. “Penso que se minha filha não morreu, e ainda está aqui, é porque a presença dela pode ajudar nesse alerta.” 


Como a mãe da Flávia , a Odele pede que divulguemos este terrível acidente com o objetivo de conscientizar a todos sobre a gravidade desta situação e tentar mobilizar os nossos governantes acerca da criação de leis que venham a controlar/normatizar esta atividade, colocarei na barra lateral do blog um vídeo, com um resumo das história de Flávia. Por favor assistam e acessem o blog da Odele .
Fonte : Terra Notícias  e Revista Viver Brasil


Beijos ,
Silvana

Um comentário:

  1. As normas de confecção destes ralos, piscinas tinham que ter um fiscalização bem mais RIGIDA, São "VIDAS SÃO PEDAÇOS DA GENTE QUE SE PERDEM"

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